Natureza da Guerra

  •   O que é a guerra?
    • A parte e o todo devem ser considerados em conjunto.
    • A guerra é pois um ato de violência destinado a forçar o adversário a submeter-se à nossa vontade.
    • A violência física constitui, portanto, o meio; o fim será impor nossa vontade ao inimigo.
    • Num assunto tão perigoso como é a guerra, os erros devido à bondade da alma são precisamente a pior das coisas.
    • O uso da força física na sua integralidade não exclui de modo nenhum a colaboração da inteligência.
    • Não é possível introduzir um princípio moderador na própria filosofia de guerra sem cometer um absurdo.
    • O conflito entre os homens depende, na realidade, de dois elementos diferentes:
      • sentimento de hostilidade
      • intenção hostil
    • A guerra é um ato de violência e não há nenhum limite para a manifestação dessa violência. Cada um dos adversários executa a lei do outro, onde resulta em uma ação recíproca, que, enquanto conceito, deve ir aos extremos. Tal é a primeira ação recíproca e o primeiro extremo que se nos deparam.
    • Dissemos que o desarmamento do inimigo é o objetivo de qualquer ato de guerra.
    • Para que o adversário se submeta à nossa vontade, é preciso colocá-lo numa situação mais desfavorável do que o sacrifício que lhe exigimos.
    • Se mediante um ato de guerra queremos forçar o nosso adversário a executar a nossa vontade, é necessário ou desarmá-lo realmente ou colocá-lo em tais condições que ele se sinta ameaçado por essa probabilidade.
    • Enquanto eu não tiver abatido o meu adversário, posso temer que ele consiga me destruir. Eu não sou dono de mim próprio, visto ele me ditar as suas leis, assim como eu lhe dito as minhas. Tal é a segunda ação recíproca que nos conduz ao segundo extremo.
    • Força de resistência é o produto de dois fatores inseparáveis: 
      • a extensão d meios de que dispõe o adversário e a firmeza da sua vontade.
    • A guerra nunca é um ato isolado.
    • A reunião perfeita de todas as forças num mesmo momento é contrária à natureza da guerra.
    • Quando os dois adversários já não são puras abstrações, mas Estados e governos individualmente considerados, quando a guerra, em vez de ser teórica, é uma ação que se desenvolve em conformidade com as suas leis próprias, a situação real fornece os elementos de informação sobre o que se pode prever, sobre o desconhecido que falta descobrir. Cada uma das duas partes esforçar-se-á por prever a ação da outra, tirando as suas conclusões do caráter, das instituições, da situação e das condições em que o adversários se encontra, e adaptará a sua própria ação a essas condições servindo-se das leis do cálculo das probabilidades.
    • Se duas partes se armaram para o combate, é porque a tal foram impelidas por um princípio de hostilidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Princípios fundamentais da República

Lei Estadual nº 6.218, de 10 de fevereiro de 1983 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Santa Catarina).

Crimes contra a pessoa